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27 de jun. de 2010

Escravidão africana no RN



O Projeto Escravidão Africana no Rio Grande do Norte consiste no estudo a fundo da escravidão no estado por meios de fontes documentais. Estas serão inventários, processos judiciais, testamentos, etc. Feito essa varredura, o intuito das pesquisas será o aperfeiçoamento e auxílio do estudo de História em geral, tanto no ensino básico, como no médio e superior (graduação e pós-graduação). Hoje os especialistas da área contam com pouco material de estudo, portanto com o aprofundamento da questão da escravidão vai ajudar na compreensão do nosso país enquanto povo, já que a descendência africana é bem presente no Brasil. Estudar as culturas dos lugares será o primeiro passo para a compreensão.


Vários elementos da cultura africana viraram brasileiros com a vinda dos escravos para cá. Música, religião, culinária e festas que tem temas variados e que se mistura com as primeiras características. Bom lembrar que elas não foram integralmente importadas da África. Ao Brasil coube o papel de dar uma nova roupagem a essas manifestações, houve toda uma adaptação do folclore a nossa realidade. Um exemplo disso é a capoeira, que mistura dança e luta (corporal e como forma de se livrar da escravidão), com músicas que representam a liberdade.


A equipe do Tela Livre foi conferir na noite dessa sexta (25), mesmo após a ressaca do jogo do Brasil, com o pessoal da Capoeira Angola, 5 anos em Natal e a 2 como projeto de extensão do departamento de Educação Física da UFRN, de onde vem esse nome tão particular e o que essa dança significa pra eles. “Capoeira é um nome em do tupi, por isso a criação veio do navio negreiro mas a nomenclatura e como a conhecemos hoje é nossa, pra gente significa uma dança que imita o ritual de movimento das zebras macho”, disse Mieli Mendes, Mestre da Capoeira Angola.


Já Valério Wagner, estudante do 8ª período de Ecologia da UFRN, disse que a capoeira é uma mistura de dança, disputa, esporte e malícia, que apenas o brasileiro tem, alem de ser uma oportunidade das pessoas se reunirem através da roda. “A chance aqui é de construir uma dinâmica entre pessoas, conhecer gente nova, fazer o que gostamos e buscar bem-estar e saúde pro corpo e pra mente”, falou.


Repórter: Leandro Luis

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