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29 de jul. de 2010

Rock Potiguar invade a Cientec


O fim de tarde na quarta-feira, dia 28, foi movimentado no circo da luz, na UFRN. O palco foi cedido para o Festival Dosol, que movimenta a cena potiguar de Natal. As bandas Planant, Camarones Orquestra Guitarrística e Calistoga levaram o mais puro rock para a CIENTEC.


A platéia estava cheia e o público muito animado. Pessoas que conhecem o som das bandas, e outros que viam pela primeira vez. Todos apreciando as guitarras nervosas do Camarones, o vocal ensandecido do calistoga, e o rock alternativo do Planant.


Ao fim do show, batemos um papo com Gustavo Rocha, baixista da banda Calistoga, que contou sobre os rumos da banda e sobre a sensação de tocar na Cientec para um público mais diversificado.


Tela Livre: Como anda o alcance da banda, em termos nacionais?


Gustavo: Bom, estamos conseguindo cada vez mais espaço pelo Brasil e estamos tentando rodar o máximo possível. Dessa forma, cada vez que voltamos em algum estado que já fizemos turnê, percebemos uma melhora significante em relação ao público e esquemas de show. Não tem como saber o nosso alcance real, mas o que dá pra perceber é que o tempo tá passando, os espaços estão se abrindo e a gente tá correndo atrás.


TL: Mesmo depois de tanto tempo tocando pelos rocks potiguares,
você ainda sente o mesmo calor do público? Como anda a cena do rock potiguar?


G: Agora, depois de tanto tempo, é que estamos conseguindo realmente sentir o calor do público. Acho que a partir do ano passado é que passamos a consolidar um público de verdade, o que é muito difícil de conseguir aqui em Natal. Eu vejo isso como reflexo do nosso corre-corre com a banda e isso é uma forma de recompensa pra gente. A cena de Natal está passando pelo que chamamos de "renovação de público e de bandas". Apesar da nossa cena aqui ser muito boa, com ótimas bandas e afins, estamos em uma fase de poucas bandas novas. No geral, no entanto, acho que estamos proporcionalmente muito acima da média brasileira em questões de bandas e interesse com elas.


TL: Tocando na Cientec, vocês acham que alcançaram um público diferente dos que costumam acompanhá-los? Notamos muitas pessoas que não conheciam a banda.


G: Com certeza! Pra a gente é muito interessante tocar em lugares como Cientec/SBPC, que por ser um espaço fora do nosso meio do rock, possibilita a formação de outros públicos. Ou seja, a gente pode mostrar o nosso som para um maior número de pessoas que curtem ou possam curtir nosso estilo, mas que não estão inseridos na cena do rock local.


Repórter: Paula Vitorio

Foto: Nathalia Barbosa


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