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20 de out. de 2011

Balas, pipocas, pirulitos... Quem vai querer?


Ambulantes vêem na Cientec uma oportunidade de ganhar renda extra


Pensar no conceito de família sempre remete à união. Na família Alves, são três mulheres trabalhando juntas como vendedoras ambulantes durante a Cientec, comprovando essa definição. A mais velha, Maria das Graças Alves, tem 62 anos. Há aproximadamente dez, vende doces durante a Feira. Acompanhada por sua neta Rayane, de apenas dez anos, coloca seu carrinho com guloseimas de todos os sabores embaixo de uma árvore em frente aos primeiros pavilhões. A sua irmã, Maria Salete, 55 anos, se posta ao lado, com pipocas, pela primeira vez. Janaína, sobrinha das duas, também encontra lugar para o seu carrinho. Cada uma vende o seu produto.


Para dona Maria das Graças, a rotina durante a Cientec já é conhecida: chega às oito horas da manhã e só parte quando a festa termina. No evento, a alimentação delas não é adequada, fazem apenas um lanche. “A gente come um salgado, toma sorvete, refrigerante”, explicou. Segunda ela, o apurado no fim da semana é razoável e o trabalho, prazeroso. “Acho ótimo trabalhar aqui, adoro esse tipo de evento”, contou. Dona Maria das Graças sempre leva a neta para acompanhá-la. A menina, que quer ser dançarina quando crescer, fala que adora a Feira. Este ano, a escola onde estuda participa da Cientec com um stand. Além de ajudar a avó, ela tem a oportunidade de ver os amigos.


A estreante na Feira, dona Maria Salete, resolveu vir para o evento seguindo os passos da irmã. “Para onde ela vai, eu vou. É a minha irmã, vou estar sempre ao lado dela”, falou. A mãe das duas, falecida há um ano e quatro meses, foi quem deu início à “tradição”. Ela costumava vender doces durante os eventos realizados na UFRN. “Não tem um lugar dentro dessa Universidade que a minha mãe não conhecesse”, lembrou dona Salete.


Além de a Cientec possibilitar o contato com o conhecimento das ciências, tecnologia e cultura, também ajuda a promover a interação de membros de uma mesma família. Assim como acontece com a família Alves, muitas outras aproveitam o espaço para conseguir uma fonte de renda a mais.


Por Carolina Cunha Lima

Um comentário :

  1. Muito bom o texto. Mostrou a CIENTEC por um outro olhar. Bastante sensível sua percepção.
    Valeu. Parabéns.

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